A Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP) está a promover o encontro entre gerações através da arte e do património cultural.
Denominada “Exposição Itinerante”, a iniciativa pretende dar continuidade ao trabalho de aproximação entre museus e as comunidades (aldeias e escolas) e surge na sequência do programa galardoado “Museu na Aldeia”, desenvolvido durante a época de confinamento provocada pela Covid19.
Atualmente desenrola-se nas escolas do 1º ciclo dos Municípios de Leiria e Torres Novas e apenas para os alunos do 3º ano, prevendo-se que no próximo ano letivo abranja mais estabelecimentos de ensino de outros concelhos do país.
Com recurso a óculos de realidade virtual, ecrãs e telefones antigos, os mais pequenos conseguem “viajar” até às aldeias e ouvir histórias contadas de viva voz pelos mais velhos.
“Entram” também no Museu e conseguem ver e discutir peças museológicas, assim como as obras co-criadas pelas mãos dos idosos das comunidades de Cabeças (Alvaiázere), Mosteiro (Pedrógão Grande) e Alcanadas (Batalha).
A curiosidade sobre a vida em lugares que nunca ouviram falar, é uma constante para os mais novos. “Há supermercados? E lojas? Como tiravam fotografias?” são algumas das muitas questões colocadas aos idosos que sorriem com cada pergunta.
“Cortar o estigma relativamente aos idosos, mostrando que são pessoas ativas nas comunidades e, ao mesmo tempo, valorizar as suas aptidões e competências criativas” são objetivos deste projeto que promove também o encontro inter-geracional.
Esta iniciativa cultural “visa fortalecer ligações entre museus e comunidades, aldeias e escolas, numa proposta inovadora que pretende levar o museu à escola, por forma a facilitar o acesso à cultura ao público alvo (idosos e crianças) que se encontrem em lugares mais isolados dos centros urbanos”. Em Leiria o projeto foi implementado nas escolas da cidade numa perspetiva de cruzar experiências entre idosos e crianças.
A Sociedade Artística Musical dos Pousos é uma instituição de Utilidade Pública, fundada em 1873, e envolve cerca de 10 mil pessoas, entre alunos, professores e utentes.
Para além da Filarmónica, corpo histórico da instituição, de uma Escola de Artes com Ensino Oficial de Música e várias formações corais e instrumentais, a SAMP desenvolve, em parceria com diversas instituições, um vasto leque de programas nos âmbitos da formação, musicoterapia e arte comunitária.
